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Ansiedade: O Mal do Século

  • Foto do escritor: Fabricio Psicologia
    Fabricio Psicologia
  • 26 de jun. de 2024
  • 3 min de leitura

Cuidado com o mal do século! Precisamos aprender a lidar com a ansiedade, que pode surgir em diversos momentos da vida. Conviver pacificamente com situações que geram ansiedade faz toda a diferença.


Em meio ao atropelo da vida moderna, são vastas as referências literárias acerca da aceleração e do imediatismo de nosso tempo. O sucesso pessoal virou uma necessidade para o agora, devendo ser alcançado já nos primeiros anos de carreira profissional. Isso se relaciona com a ansiedade, gerando angústias e medos. O jovem de hoje é impelido a se cobrar cada vez mais cedo, entrando em um mundo competitivo e vivenciando a preocupação com o futuro e os anseios que o rondam. Nossa sociedade vem retirando dos jovens a possibilidade de errar e recomeçar, exigindo posicionamentos assertivos, inerentes a escolhas difíceis até para adultos de meia-idade e idosos.



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Mudamos nosso modo de vida, saindo de uma existência que seguia a herança dos ofícios dos pais para uma vasta possibilidade de escolhas. Contudo, não tivemos tempo de preparar os jovens para essas escolhas, algo que só a maturidade traz. Até há pouco tempo, a ansiedade era vista como algo produtivo, que movia e fazia progredir. Hoje, ela é um reflexo patológico do estilo de vida atual, afetando toda uma geração. Temos pressa de alcançar o sucesso e a felicidade sonhada, esquecendo que a felicidade está no agora, e o sucesso em fazer bem feito aquilo que se é pago para fazer. Nos tempos de Freud, as neuroses tinham fundamento principalmente em frustrações sexuais. Hoje, enfrentamos uma frustração existencial, um sentimento de inferioridade e uma percepção de falta de sentido para a existência, fatores que abrem espaço para uma ansiedade patológica.


De modo geral, a ansiedade pode ser compreendida como um estado natural que antecipa uma situação de desafio ou perigo, como conhecer alguém novo, apresentar um trabalho, viajar para um lugar novo, realizar uma prova importante, etc. No entanto, esse estado ansioso passa e a pessoa volta ao seu estado normal após o acontecimento. É considerada patológica quando o estado ansioso permanece sem que haja nenhuma situação iminente ou mesmo quando há um estímulo menor.


Ao nomear a ansiedade no viés patológico, podemos classificá-la como transtornos de ansiedade, sendo os mais comuns: Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Síndrome do Pânico e Transtornos Fóbico-ansiosos, que promovem sintomas emocionais, cognitivos e físicos.


Sintomas:

  • Emocionais: Irritabilidade, sentimento de culpa, medo, preocupação exacerbada com o futuro e com a saúde, rebaixamento do humor, comportamento de fuga, nervosismo.

  • Cognitivos: Dificuldade de concentração, pensamentos negativos, aceleração dos pensamentos ou “vazio” na mente, linguagem afetada.

  • Físicos: Dor no peito, taquicardia, formigamento, sudorese, calafrios, “frio na barriga”, tensão muscular, desconforto gastrointestinal.


O fator cultural é relevante para o desenvolvimento da ansiedade. O uso excessivo de dispositivos tecnológicos e mídias sociais pode contribuir para um transtorno ansioso devido ao acesso a informações em excesso e às relações sociais insuficientes para a elaboração de emoções e afetos. A rapidez dessas informações faz com que exijamos tal aceleração em todas as outras situações da vida, sem tempo para elaborar um luto, refletir sobre si mesmo ou vivenciar um prazer.


Outros fatores importantes incluem genética e hereditariedade, ocorrência de eventos estressores, perfil de comportamento e pensamento, traumas prévios, entre outros.

Cada transtorno ansioso tem suas particularidades e, portanto, as formas de tratamento variam. De maneira geral, a psicoterapia e a administração de psicofármacos são essenciais no tratamento da ansiedade. A psicoterapia pode ter diversos enfoques, como psicanálise, terapia cognitivo-comportamental, terapia centrada na pessoa, e, muitas vezes, pode ser abordada pela terapia breve, possibilitando o atendimento psicológico online.


Além da psicoterapia e da administração medicamentosa, é importante que o paciente mude seus hábitos, passe a realizar atividades prazerosas e procure viver momentos agradáveis com seu círculo social. Quando o modelo de vida leva ao esgotamento, é fundamental questionar se vale a pena continuar no mesmo caminho ou se a mudança não será uma melhor escolha. A mudança só acontece quando decidimos sair do estado emocional em que estamos.


Por: Psicólogo Fabricio A. Silva – CRP 08/24742

 
 
 

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